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terça-feira, 26 de setembro de 2006

Carta de um Suicida

Não culpe ninguém por minha morte. Deixo a vida porque, se um dia a mais vivesse, acabaria morrendo louco.

Tive a infelicidade de casar-me com uma viúva que tinha uma filha. Meu pai, para maior desgraça era viúvo, enamorou-se e casou-se com minha filha, isto é, filha de minha esposa. Resultou daí que minha mulher tornou-se sogra do meu pai, minha enteada ficou sendo minha mãe e meu pai ficou sendo meu genro.

Após algum tempo, minha filha trouxe ao mundo uma criança que veio a ser meu irmão, porém neto da minha mulher, de maneira que fiquei avô do meu irmão.

Com o decorrer do tempo, minha esposa deu à luz um menino que, como irmão de minha mãe, era cunhado de meu pai e tio do meu irmão, além de ser eu o seu neto, passando a minha mulher a ser sogra de minha filha. Eu fiquei sendo pai de minha mãe, tornando-me irmão do meu pai e de meu filho. Minha mulher acabou sendo minha avó, já que é mãe de minha mãe, e eu fiquei avô de mim mesmo.

(Adaptado de um panfleto distribuido pela SOCOLÉGIOS)

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